Ecologia Industrial na Construção Civil

Objetivos

Investigar os principais impactos ambientais da cadeia de valor da construção em diferentes escalas, identificando oportunidades de melhoria de ecoeficiência e desenvolvendo ferramentas simplificadas para avaliação do ciclo de vida.

Abordagem

A Ecologia Industrial (EI) envolve a análise de processos industriais, produtos e serviços sob a ótica da competitividade e da adequação ambiental. Dentro das principais ferramentas utilizadas na EI estão a Análise de ciclo de vida (ACV) e a análise de fluxo de materiais (AFM). A ACV é uma ferramenta de avaliação quantitativa dos impactos ambientais de um produto ao longo de seu ciclo de vida (NBR ISO 14040). O LME propõe uma abordagem de ACV simplificada por uma redução de escopo de inventario (CO2, Energia, Agua, Resíduos, Recursos naturais), em sincronia com a ACV tradicional e com tendências internacionais de simplificação como a proposta pelo WBCSD (http://forms.wbcsd.org/portfolio-item/mainstreaming-life-cycle-analysis-for-buildings-and-materials/). A vantagem da ACV simplificada está no menor custo e complexidade do levantamento de dados o que torna a ACV acessível a pequenas empresas. Também reduzir o uso de dados secundários, que negligenciam as enormes diferenças entre empresas. A AFM permite analisar os impactos globais do setor a nível nacional, regional ou local, pois quantificar matérias primas, estoques, geração de resíduos. Ela permite gerar dados que podem ser usadas em ACVs na metodologia top-down.

Equipe

  • Prof. Vanderley John
  • Prof. Sérgio Pacca
  • Camila Numazawa
  • Yazmin Mack
  • Daniel Reis
  • Fernanda Belizário Silva
  • Diana Csillag

 

Resultados

Nossos estudos da avaliação de ciclo de vida mostram (a) que pequenas empresas podem fazer ACV simplificada; (b) que a diferença entre empresas fabricantes de um mesmo produto é muito grande.

Estudos de inventário de ciclo de vida do concreto presentam o uso de água para diferentes componentes e processos incluindo água de mistura (150-200 H kg/m3), controle de poeira (500-1500 H kg/dia) e lavagem do caminhão (13- 500 H kg/m3). Além da água da produção de cimento (0,183-1,333 H kg/kg) e da produção de agregados (0,116-2,0 H kg/kg).

Estudos sobre comparação e quantificação da variabilidade da emissão do dióxido de carbono (CO2) e consumo de energia térmica dos cimentos brasileiros entre diferentes fontes de dados mostram que há uma variação significativa. No cimento essa variabilidade pode ocorrer devido a três fatores: i) diferença na eficiência na planta que produz clínquer, ou seja, mesma rota tecnológica origina diferentes impactos ambientais; ii) utilização de dados genéricos médios para descrever um produto específico; iii) variação do fator clínquer dentro de cada tipo de cimento. Estes fatores reduzem a eficácia da ACV!

No âmbito da madeira provinda da Amazônia Brasileia empregada na construção civil, estudos sobre o fluxo de materiais demonstram que mesmo seguindo as práticas do manejo florestal e as regulamentações do Novo Código Florestal, com extração de no máximo de 30m²/ha e com ciclo de corte a cada 30 anos, pode destruir progressivamente as florestas.

Financiadores e parceiros

  • CAPES
  • UTP-IFARHU
  • CBCS
  • ABCP
  • IPT